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Título: Trabajo infantil para ZARA en Portugal- Enlace 1 - Enlace 2

Texto del artículo:

Trabajo infantil para ZARA en Portugal
Escrito por Expresso (Portugal)
martes, 30 mayo 2006


Los minusvaluidos del hilo de nylon (Os miúdos do fio de nylon)
Hugo Franco

Expresso (Portugal)

Doblados encima de una caja, los dos hermanos flacos están cosiendo, con una aguja y mucha paciencia, las suelas interiores de los zapatos de ante.

Aprendíeron más rápido coser que a pintar. Trabajan varias horas diarias, con la familia, en un porche oscuro, de granito frío y madera roída y donde se mezclan los olores fétidos del fertilizante y del hedor.

Los gruesos dedales que no siempre les protegen del mordaz hilo de nilón, que les están abriéndoles grietas y dejándoles grietas en la palma de las manos. No es necesario ser vidente para leerles un futuro ennegrecido.... Un detalle: ¡esto no ocurre en un barrio de chapa en Calcuta, o en una provincia de China, si no en el norte de Portugal, en las barriada rurales de Felgueiras!

"Ah, ¡me quede minusválido!", exclama Miguel, el mayor, interrumpiendo el pesado silencio. Arreglan una "Camiseta" del campeón, el «fê-quê-pê», y sueñan mostrar sus dotes al mundo con el esférico. Un día. Por el momento, son sus largas manos las que trabajan duro y no sus pies de artistas. Fue una "aguja la que me picó". Miguel no tuvó nada que explicar. La familia, recogida alrededor de la pila de zapatos con la marca de Zara, comienza a reir. Ya son habituales los minuvalidos lumbares de 14 años. "Es quién tiene menos fuerza esto. Me dejaron aquí uno flojo" me dice la madre, Aldina, cabella erizado, ropa arrugada, descolorida y que aparenta más vieja de los lo treinta y pocos años que dice que tiene el carnet de identidad. A su edad, también cosió zapatos, en una fábrica en Felgueiras. Ella, su hermana, la cuñada, el primo, la abuela


La sonrisa se les muere rápidamente en los labios. Solamente el latido de Benfica, un rafeiro que guarda los pollos y los gansos del jardín trasero, consigue distraerlos de la tarea dolorosa y repetitiva. "Callaté", gritan a la vez. Luego bajan la cabeza hacia los hilos y las agujas otra vez. Casi desde una década que esta rutina llego a la familia. Por la mañana se levantan para coser. Por la noche, se quedan dormidos con los dolores de espalda de la costura. "Los niño pequeños nos ayudan cuando vuelven de la escuela. Es su deber, o ¿no lo es?" es la pregunta retórica, sin respuesta, de Aldina, que acaricia el pelo de Carlitos, 11 años, por unos segundos,. Los zapatos de fino corte que cose con pericia no podían contrastar más con sus sandalias gastadas y las medias blancas sucias de barro."Es Mejor trabajador y estudiante que el hermano y eso que ya perdió dos años lectivos", me explica la madre, que promete no retirarlos de los bancos de la escuela.

Artículo completo
http://online.expresso.clix.pt/1pagina/artigo.asp?id=ES220897


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Os miúdos do fio de nylon

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Agachados em cima de um caixote cambaleante, os dois irmãos magricelas vão unindo, com uma agulha e muita paciência, as palmilhas dos sapatos de camurça. Aprenderam mais depressa a coser do que a decorar a tabuada. Eles trabalham há várias horas, com a família, num alpendre escuro, de granito frio e madeira carcomida e onde se misturam os cheiros fétidos do estrume e do bafio. As grossas dedeiras nem sempre os protegem do cortante fio de nylon, que lhes vai abrindo gretas e deixando cicatrizes na palma das mãos. Não é preciso ser vidente para lhes ler um futuro enegrecido... Pormenor: a cena não se passa num bairro da lata em Calcutá, ou numa província da China, mas a norte de Portugal, numa freguesia rural em Felgueiras!

«Ai, aleijei-me!», exclama Miguel, o mais velho, interrompendo o pesado silêncio. Veste uma «t-shirt» do campeão, o «fê-quê-pê», e sonha mostrar ao mundo os seus dotes com o esférico. Um dia. Por enquanto, são as suas mãos esguias que trabalham no duro e não os pés de artista. «Foi a agulha que me picou». Miguel nem precisava de explicar. A família, reunida em torno da pilha de sapatos com carimbo da Zara, desata à gargalhada. Já estão habituados aos descuidos do miúdo de 14 anos. «Ele é quem tem menos jeito para isto. Saiu-me cá um preguiçoso», graceja a mãe, Aldina, cabelo eriçado, roupa desbotada, pele engelhada e mais envelhecida do que os trinta e poucos anos do bilhete de identidade. Na idade deles, também ela cosia sapatos, numa fábrica em Felgueiras. Ela, a irmã, a cunhada, a prima, a avó…



A família da freguesia de Felgueiras reúne-se em torno da pilha de sapatos de camurça para homem com carimbo da Zara, cadeia espanhola de pronto-a-vestir


O sorriso morre-lhes nos lábios com rapidez. Só o latido do Benfica, um rafeiro que guarda as galinhas e os gansos do quintal, os consegue distrair da tarefa penosa e repetitiva. «Cala-te cão», gritam à vez. E logo voltam a baixar a cabeça para os fios e agulhas. Há quase uma década que esta rotina tomou conta da família. De manhã levantam-se para coser. À noite, adormecem com dores nas costas de tanto coser. «Os miúdos ajudam-nos quando vêm da escola. É o dever deles, não é?» É pergunta retórica, sem resposta, de Aldina, que afaga, por segundos, o cabelo de Carlitos, de 11 anos. Os sapatos de fino corte que ele cose com perícia não podiam contrastar mais com as suas sandálias cambadas e as meias brancas sujas de lama. «É melhor trabalhador e aluno do que o irmão, que já perdeu dois anos lectivos», explica a mãe, que jura a pés juntos não os tirar dos bancos da escola. Pelo menos para já. O rapaz magro de olhos claros e ar ausente atira mais um sapato para o monte, com um suspiro. Àquela hora podia estar a jogar à bola com os amigos, ou a estudar Matemática, a sua disciplina preferida. «Por cada par de sapatos recebemos 40 cêntimos», diz Carlitos em voz sumida. «Como cosemos uns 50, vão-nos dar uns vinte euros», afirma, provando saber fazer contas de cabeça. Numa loja do Porto, o mesmo modelo não custará menos de 40 euros. Mas isso já ele não sabe...



Os dois rapazes, de 11 e 14 anos, trabalham durante horas. O cortante fio de nylon abre-lhes gretas nos dedos e deixa-lhes cicatrizes nas palmas das mãos


Às tantas, Aldina abana a cabeça: «Ganhamos muito pouco mas, se não fosse isto, só teríamos o abono dos miúdos e a reforma do meu pai para vivermos», lamuria-se, olhando para os dois idosos, prostrados em cadeiras desconfortáveis. Um deles não tem pernas. O outro é cego de um olho e mal se mexe. «Temos de tomar conta deles». Ela e o marido estão de baixa há vários anos. O assunto é tabu, lá em casa. «Não voltaremos a trabalhar em fábricas», limita-se a sussurrar Joaquim, de 34 anos. «Devo viver disto para o resto da vida», diz sem ilusões. Não falta muito para terminar. Mais à noitinha, irão subir a ladeira íngreme com os sacos de sapatos cosidos até ao «posto» - uma vivenda azul onde mora a intermediária entre estes quase-escravos e a fábrica de calçado. Em troca, receberão mais uma encomenda de sapatos por coser e uns poucos euros para sobreviver. É a lei da terra onde quem manda é Graça, a tal intermediária que trabalha longe da vista dos estranhos, para quem as portas estão sempre fechadas. «É ela quem distribui os sapatos pelas famílias da região», confirma o dono do único minimercado desta freguesia esquecida de Felgueiras. «Em casa dela, também trabalham outras mulheres», acrescenta o comerciante, que garante: «Nesta freguesia ‘cose-se obra’ porta sim, porta não». Não é pura retórica. Em muitas varandas de granito vêem-se idosas de volta dos sapatos, a laborar em silêncio. Lá dentro, os netos e os filhos dão, quase sempre, uma preciosa ajuda. Todos os euros a mais são poucos depois da crise que se abateu sobre o Vale do Sousa e Vale do Ave e que encerrou centenas de fábricas de calçado e vestuário. «A depressão acabou por tirar os miúdos das linhas de montagem mas o trabalho infantil não foi varrido do dia para a noite», revela Manuel Jacinto, sociólogo do Instituto de Estudos da Criança da Universidade do Minho. Só em 2002 estimava-se haver 48 mil crianças a trabalhar em Portugal. A maioria no Norte do país. «Embora seja menor, o trabalho infantil persiste nas actividades domiciliárias do têxtil e do calçado, o que torna mais difícil o trabalho da fiscalização».

A poucos quilómetros do casebre de Carlitos e Miguel, um rapaz um pouco mais novo do que eles faz malabarismos com a bicicleta pelo carreiros do jardim. Sentada na ombreira da porta, a mãe, Joana, passou a tarde a coser solas de ténis, ignorando as suas travessuras. «Corta-me as pontas dos fios ou pelo menos passa-me um dos sacos com ténis», pede-lhe. Bruno, de nove anos, continua a pedalar pela terra batida, fazendo com a boca o ruído de um potente motor de uma mota, fingindo não escutá-la. «Ou-vis-te-me?», pergunta a mulher, vestida de preto da cabeça aos pés, num tom seco e olhar austero. Como se tivesse uma mola, o rapaz desce do selim e entra na cozinha para a ajudar na tarefa. A contragosto. «Hoje está na ronha mas ele já sabe coser como um adulto. Faz remates e pontos corridos», explica, orgulhosa. Desde que o marido emigrou para França e a fábrica de calçado onde ela estava empregada encerrou, Joana passou a trabalhar em casa para sustentar a família. É a única, numa terra quase deserta e envelhecida. «Ao fim do mês recebo 350 euros. Se não fosse a ajuda do rapaz, nem isso conseguia». Bruno ouve os queixumes da mãe, meio amuado. De uma assentada corta os fios dos ténis com a tesoura, à medida certa. Ela mira-o, por instantes, esforçando um olhar de carinho: «Ele tem jeito...»



Israel, de 11 anos, já cantou no Carnaval de Torres Vedras, em programas de televisão, e até tem um CD gravado. Prepara-se para deixar o ensino este ano


Embora não tenha ainda a lábia de um típico comerciante de rua, Gaspar, de 11 anos, esforça-se para vender imitações de pijamas «Dolce & Gabbana» a cinco euros, todas as sextas-feiras, dia de feira em Guimarães. Ele ainda não sabe, mas a sua professora primária, Maria José, veio dar uma volta pelas bancas coloridas e ruidosas, onde se vendem «t-shirts», DVD piratas, óculos escuros e bugigangas por uma pechincha. Mas ela não foi às compras. «Vim ver os meus alunos que faltam às aulas, às sextas, para ajudar os pais nas vendas», explica. Não foi preciso caminhar muito pela calçada para dar de caras com o Gaspar e com a sua irmã mais velha, Madalena, de 16, que já abandonou a escola há muitos anos. Eles não escondem a surpresa, e o embaraço, ao verem a «stôra» fora do seu habitat natural. «Estão a vender muitas camisolas?», pergunta, bem disposta, Maria José. Os dois respondem-lhes em monossílabos, atrapalhados: «Não. Nada. Os marroquinos é que se fartam de fazer negócio», diz Gaspar, apontando para a banca do lado, onde um vendedor, de megafone, anuncia em cima da roupa, preços imbatíveis em frente a um mar de gente curiosa. A deles está quase às moscas.

Depois de uns minutos de conversa de circunstância, ela despede-se do aluno, pedindo-lhe para ele não faltar às aulas na segunda-feira. Ele parece aliviado quando a vê afastar-se. «Fico triste porque a grande maioria dos miúdos de etnia cigana fica-se pelo 4.º ano. E já tive excelentes alunos. Mas não posso fazer nada», confessa ela uns metros mais à frente. A história de insucesso repete-se há várias gerações na Escola EB1 Nossa Senhora da Conceição, encostada a um bairro social de Guimarães. Dos 220 alunos, há cerca de duas dezenas desta etnia. Israel, de 11 anos, um miúdo de cabelo comprido à surfista que frequenta o 4.º ano, não é excepção. O pai, Waldemar, conhecido no meio como «Cheles», também é dono de uma banca na feira. «Às segundas vendo nas Taipas, às quartas em Fafe e às sextas em Guimarães», conta o homem de 32 anos. Mas, ao contrário dos colegas, o pequeno Israel não o tem ajudado nos últimos tempos. O seu progenitor aposta numa carreira pelo mundo da música: Israel já cantou no Carnaval de Torres Vedras, em programas de televisão e até tem um CD gravado. «Ele recebe mil euros por cada ‘show’. O ‘cachet’ será de três mil se tiver uma banda a acompanhá-lo», garante Waldemar com orgulho. Ele só aguarda que o filho termine o ano lectivo para fazer o máximo de espectáculos pelo país fora. E arrecadarem, os dois, ainda mais dinheiro. «Não o quero a estudar no 2.º ciclo e a arriscar que ele se meta com colegas que traficam e consomem droga. E para que é que ele precisa de tantos estudos?»


Reportagem de Hugo Franco (texto) e José Ventura (fotografias)


27 Maio 2006

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